O Tesouro Direto transformou o acesso ao investimento em renda fixa no Brasil. Com poucos reais, qualquer pessoa pode emprestar recursos ao Governo Federal e obter retornos consistentes ao longo do tempo.
Lançado em 2002 em parceria com a B3, o Tesouro Direto é um programa do Tesouro Nacional que permite a compra de títulos públicos federais diretamente pela internet. Antes disso, investidores pessoa física dependiam de fundos ou grandes instituições, pagando altas taxas administrativas para acessar a renda fixa brasileira.
Com um investimento mínimo de R$ 30,00, o programa cumpre seu objetivo de ser acessível para todos os perfis de investidores, democratizando um mercado antes restrito a grandes aplicações.
Para começar a investir, o interessado deve abrir conta em uma instituição financeira autorizada—banco ou corretora—e habilitar o acesso ao Tesouro Direto. A partir daí, basta selecionar o título desejado, informar o valor e efetuar a compra. Os títulos são negociados diariamente em plataforma online, com liquidação em D+1.
O investidor, ao adquirir um título, empresta dinheiro ao Governo Federal e, em troca, recebe uma remuneração que pode ser prefixada, atrelada à Selic ou indexada à inflação, dependendo do tipo de título.
O Tesouro Direto oferece diferentes produtos, cada um voltado a um objetivo financeiro:
Cada título possui características específicas de prazo e pagamento que devem ser avaliadas de acordo com seu planejamento financeiro.
A rentabilidade varia conforme a indexação e o prazo contratado. Por exemplo, em 2025 a Selic estava em torno de 9% ao ano, o Tesouro Prefixado oferecia aproximadamente 10% ao ano e o Tesouro IPCA+ concedia cerca de 9,5% ao ano, garantindo proteção contra a inflação e ganho real.
No caso do Tesouro IPCA+ com vencimento em 2035, até novembro de 2025, a rentabilidade acumulada desde sua emissão foi de 467,19%, com 12,01% somente no ano de 2025. Esses dados são acessíveis em gráficos oficiais da B3 e do Tesouro Nacional.
O principal diferencial em termos de segurança é que o emissor dos títulos é o Governo Federal Brasileiro, considerado de risco de crédito muito baixo. Mesmo em cenários de instabilidade financeira, o Tesouro Nacional honrará seus compromissos, garantindo o valor pactuado se o título for mantido até o vencimento.
Embora o Tesouro Direto não conte com garantia do FGC, sua solvência é vista como superior à de instituições privadas. O único risco relevante é a oscilação de preços em caso de venda antecipada, o que pode impactar a rentabilidade final.
Os títulos do Tesouro Direto estão sujeitos ao Imposto de Renda com alíquotas regressivas:
Adicionalmente, há a taxa de custódia anual de 0,2% cobrada pela B3, além de eventuais taxas de corretagem cobradas pelas instituições financeiras.
O Tesouro Direto tem atraído cada vez mais investidores. Em julho de 2025 foram investidos R$ 7,26 bilhões em títulos, sendo que R$ 724,8 milhões desse total (10%) foram aplicados no Tesouro RendA+.
O crescimento constante no número de contas habilitadas e no volume de recursos demonstra a confiança dos brasileiros nesse programa acessível e transparente.
Investir no Tesouro Direto significa privilegiar a segurança de um emissor soberano e ainda buscar rentabilidades superiores à poupança, com custos reduzidos e total transparência. Seja para sua reserva de emergência, projeto de educação ou aposentadoria, este programa oferece alternativas sólidas e acessíveis para construir um futuro financeiro mais seguro.
Referências