À medida que a transformação digital avança, o setor financeiro se torna alvo constante de cibercriminosos. Entender riscos, tendências e soluções é vital para preservar patrimônio e reputação.
O setor financeiro está entre os mais digitalizados do mundo, aumentando significativamente a superfície de ataque. A adoção massiva de plataformas online provocou um salto na exposição de dados sensíveis de clientes.
Instituições concentram grandes volumes de informações pessoais e transacionais, atraindo agentes maliciosos em busca de lucros e de acesso indevido. Um único incidente pode gerar impactos financeiros, danos reputacionais e ações legais capazes de abalar a confiança do mercado.
Para 2025, 66% dos especialistas em cibersegurança apontam IA e machine learning como maiores desafios para instituições financeiras. Ataques sofisticados com deepfakes, clones de voz e IA generativa elevam o risco de fraude a níveis inéditos.
As vulnerabilidades emergentes estão distribuídas conforme abaixo:
Em 2025, o caso Monbank ilustrou os riscos: mesmo com regras básicas seguidas, um ataque resultou na perda de R$ 4,9 milhões. Esse exemplo mostra que conformidade mínima não é suficiente e exige abordagens mais robustas.
O Banco Central do Brasil, por meio da Resolução CMN nº 4.893/2021, exige relatórios periódicos, planos de continuidade de negócio e comunicação imediata de incidentes. Estas medidas reforçam a necessidade de abordagem proativa e multifacetada por parte das instituições.
A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) impõe notificação obrigatória à ANPD e aos usuários em caso de vazamento, sob pena de multas e sanções administrativas. Isso estimula investimentos em controles de segurança e auditoria.
Regulações sobre ativos virtuais buscam conferir segurança jurídica e evitar arbitragem regulatória. Normas específicas para stablecoins e tokens financeiros devem equilibrar inovação e mitigação de riscos sistêmicos.
Compartilhar informações sobre ameaças e coordenar respostas entre bancos, fintechs e órgãos reguladores é essencial para elevar o nível geral de defesa do mercado.
No incidente do Monbank, a exploração de falhas simples resultou em desvio de milhões. Isso reforça que controles básicos não bastam: é necessário implementar estratégias de encriptação de ponta a ponta e testes regulares.
Grandes exchanges e fintechs também sofreram ataques graves em 2025. As lições destacam a importância da comunicação transparente com clientes e reguladores, bem como da revisão constante de políticas de segurança.
A evolução da IA promete melhorias na detecção de ameaças, mas também trará vetores inéditos de ataque. As instituições devem se preparar para cenários onde IA é usada tanto para defesa quanto para invasão.
Com o surgimento de computadores quânticos, torna-se urgente desenvolver protocolos criptográficos resistentes a ameaças quânticas, garantindo proteção de longo prazo dos dados.
A consolidação de frameworks colaborativos entre setor público, privado e organismos internacionais fortalecerá a governança de ativos digitais e a troca de inteligência de ameaças.
Por fim, o uso crescente de blockchain e tecnologias descentralizadas oferece caminhos para maior transparência e segurança, mas demanda atenção especial às novas vulnerabilidades que podem surgir.
Referências