As tecnologias de realidade aumentada e realidade virtual estão redefinindo a forma como clientes e profissionais interagem com o mundo financeiro, gerando experiências financeiras imersivas até então inimagináveis.
A realidade virtual (VR) cria ambientes totalmente digitais e imersivos nos quais o usuário pode explorar cenários de investimento, simular crises econômicas e visualizar dados complexos em três dimensões. Com headsets e controladores, é possível sentir-se dentro de uma sala de mercado ou de um banco digital.
Já a realidade aumentada (AR) se sobrepõe ao mundo físico, inserindo elementos virtuais que enriquecem a experiência diária. Imagine usar um aplicativo no celular ou em óculos inteligentes para ver projeções de saldos, gráficos de desempenho ou recomendações de portfólio enquanto caminha na rua ou visita uma agência.
O setor de AR/VR vive um crescimento exponencial. Em 2024, o valor de mercado de realidade virtual alcançou US$ 16,32 bilhões, com projeções que superam US$ 20,83 bilhões em 2025 e podem atingir US$ 123,3 bilhões em 2030. O panorama combinado de AR e VR deve chegar a impressionantes US$ 451,5 bilhões até o final da década.
Esses números evidenciam o apetite de grandes corporações em conquistar vantagem competitiva no setor financeiro por meio de tecnologias imersivas.
As instituições financeiras encontram em AR e VR soluções práticas e inovadoras para atender clientes, treinar equipes e visualizar dados complexos. Essas aplicações incluem:
Em agências virtuais dentro de metaversos, clientes realizam transações, exploram produtos financeiros e recebem recomendações personalizadas sem sair de casa, tudo de forma intuitiva e segura.
A evolução da computação espacial e o amadurecimento do metaverso prometem ambientes financeiros completamente digitais, onde múltiplos serviços bancários convergem em um único espaço virtual.
A fusão entre IA generativa e AR/VR resultará em tomada de decisão cada vez mais ágil e personalizada, com assistentes virtuais capazes de antecipar necessidades e oferecer soluções em tempo real.
Espera-se que, até 2030, 80% dos profissionais financeiros interajam com sistemas autônomos e robôs inteligentes, transformando processos de análise, compliance e atendimento.
Diversos players globais e nacionais já testam e implementam soluções de AR/VR em suas operações:
No Brasil, bancos e fintechs utilizam treinamentos imersivos para simular fraudes, crises e interações complexas, preparando equipes para desafios reais com segurança e privacidade de dados.
Apesar do potencial, algumas barreiras ainda precisam ser superadas:
As instituições devem equilibrar inovação e compliance, construindo confiança ao demonstrar transparência e proteção de dados.
O futuro aponta para a padronização digital e integração de sistemas bancários, fintechs e plataformas de investimento em um ecossistema unificado.
A ampliação dos casos de uso incluirá crédito imobiliário, análise de risco automatizada e operações internacionais, tornando o mercado financeiro um polo de inovação para toda a economia.
Como early adopter das tecnologias imersivas, o setor financeiro está moldando um novo “normal” de interação, análise e tomada de decisão, preparando-se para uma era em que o físico e o digital caminham lado a lado.
Em resumo, realidade aumentada e virtual oferecem não apenas ferramentas de visualização, mas também um caminho para humanizar processos, engajar clientes e formar profissionais preparados para os desafios do amanhã. Investir hoje nessas tecnologias é garantir relevância e eficiência no mercado financeiro de amanhã.
Referências