Investir em uma oferta pública inicial é entrar na jornada de uma empresa desde seus primeiros passos no mercado acionário. Conhecer o universo de IPOs, suas dinâmicas e riscos é essencial para quem busca potencial de crescimento das novas empresas.
IPO significa Oferta Pública Inicial de ações. Trata-se do momento em que uma companhia decide abrir seu capital na bolsa de valores, possibilitando que investidores tornem-se sócios.
Existem dois perfis principais de investidores:
Entre 2021 e 2023 houve uma forte desaceleração entre 2021 e 2023 no mercado brasileiro, motivada pela alta histórica da taxa Selic, incertezas fiscais e cenário político instável.
Em 2024, menos de 10 empresas estrearam na B3 e o número de companhias listadas caiu de 385 para cerca de 335. Curiosamente, casos como Pan, Gol e Cielo optaram por fechar capital.
No entanto, a redução gradual da Selic para 10,5% em maio de 2024 reacendeu interesses em setores como tecnologia, saúde e logística. Mais de 60 empresas já protocolaram pedido de IPO na CVM, sinalizando uma possível retomada em 2025.
Em 2024, os mercados globais de IPO captaram US$ 121,2 bilhões em 2024. Entre os destaques:
Índia liderou com 327 IPOs, seguidos pelos EUA (183) e China, que registrou menor volume devido a regulações restritivas.
Na Nasdaq, há cerca de 200 empresas na fila para 2025, enquanto o Brasil conta com somente seis ou sete autorizações em análise.
O mercado de IPOs oscila conforme variáveis macro e micro, como custo de capital, valuation e apetite por risco.
O ciclo de 2020–2021 foi um boom de IPOs na B3: 28 estreias em 2020 e 46 em 2021. Destaques como CAIXA Seguridade e Smart Fit captaram bilhões e conquistaram investidores.
No entanto, das 77 empresas listadas desde 2014, apenas 16 superaram o preço de estreia e somente 10 ultrapassaram o Ibovespa no longo prazo. Ajustadas pelo CDI, apenas quatro entregaram retorno consistente.
A retorno médio de 40% no primeiro dia em 2025 está bem acima da média histórica de 17%, mas a dispersão entre setores mantém altas probabilidades de desempenho abaixo do índice.
Veja como o Brasil se compara a outras praças:
Antes de investir, é fundamental entender o processo:
Investir em IPOs envolve volatilidade e riscos de mercado elevados, mas pode proporcionar potencial de crescimento das novas empresas.
Para se posicionar com mais segurança, avalie:
Analistas divergem: enquanto a ANBIMA projeta um mercado travado, a B3 enxerga preparação com governança e RI profissionalizado e previsão de até 100 operações no próximo ciclo.
Se a taxa de juros continuar em queda e o cenário político estabilizar, veremos uma retomada gradual, especialmente em tecnologia, saúde e energia renovável. Caso contrário, a janela pode se postergar até 2027.
Participar de um IPO é muito mais que adquirir ações: é entrar na história de uma empresa e contribuir para sua expansão. Com análise cuidadosa de risco e valuation, você pode aproveitar oportunidades únicas e diversificar sua carteira.
Esteja preparado, informe-se e faça parte do lançamento de novas empresas que moldarão o futuro.
Referências