Nos últimos anos, o uso de cartões por crianças e adolescentes cresce no Brasil, exigindo maior atenção dos responsáveis.
Entender a melhor forma de introduzir o aprendizado financeiro prático desde cedo torna-se essencial para famílias que desejam promover autonomia e segurança.
Segundo a legislação brasileira, menores de 18 anos não podem ser titulares de cartões de crédito tradicionais.
Há exceções, como jovens emancipados ou com atividade remunerada comprovada, especialmente a partir dos 16 anos.
Como alternativa, os responsáveis podem solicitar cartões adicionais vinculados ao próprio CPF, mantendo o adulto como titular e supervisão total.
Cada banco define faixas etárias mínimas para cartões adicionais, combinando débito, crédito e ferramentas de poupança.
O cartão adicional é vinculado à conta do titular e reproduz seus benefícios, como programas de pontos, seguros e bandeiras reconhecidas.
O responsável define o limite de gastos, monitora todas as transações e paga a fatura, garantindo supervisão intensiva dos responsáveis.
Em muitos casos, o aplicativo permite movimentar saldo, acompanhar extratos, fazer pagamentos online e usar o Pix com bloqueio ou limites personalizados.
Apresentar o cartão no momento certo favorece o desenvolvimento de hábitos financeiros conscientes e prepara o jovem para a economia cada vez mais digital.
Com o uso assistido, a criança aprende valores sobre orçamento, interesse e administração de gastos, adquirindo autonomia gradual e liberdade assistida.
Embora haja vantagens, é fundamental controlar gastos e conversar sobre prioridades.
Fintechs e bancos incorporam gamificação e personalização de produtos para tornar o aprendizado mais atrativo.
Missões educativas, recompensas digitais e conteúdos interativos reforçam o compromisso com a educação financeira realista e supervisionada.
Além disso, há integração com poupança, investimentos júnior e recursos de controle, garantindo cartões vinculados a poupança e investimento.
Confira um resumo dos principais cartões disponíveis para menores:
Especialistas recomendam iniciar a partir dos 8–12 anos, conforme interesse do jovem, sempre com diálogo aberto sobre finanças.
Apresentar cartões a crianças e adolescentes é mais do que facilitar pagamentos: é um passo rumo à responsabilidade financeira desde cedo.
Com legislação adequada, ferramentas de controle e orientação constante, famílias podem formar jovens preparados para administrar recursos com confiança e segurança.
Referências