O setor financeiro brasileiro vive uma revolução digital sem precedentes, impulsionada pela adoção crescente de soluções em nuvem. À medida que as instituições buscam maior eficiência, agilidade e segurança, a computação em nuvem se firma como pilar estratégico dessa transformação.
A migração para a nuvem deixou de ser mera tendência e se tornou transformação estrutural profunda e sustentável no mercado financeiro nacional. Hoje, 89% dos bancos brasileiros planejam aumentar seus investimentos em cloud em 2025, refletindo a necessidade de maior agilidade e competitividade diante de um mercado cada vez mais digital.
Em números, o orçamento em tecnologia atingirá R$ 47,8 bilhões em 2025, um salto de 13% em relação ao ano anterior e um crescimento de 58,4% na última meia década. Esse volume de recursos reforça a importância de modelos de infraestrutura flexíveis, capazes de atender a demandas variáveis e garantir alta disponibilidade.
A digitalização dos canais bancários avança rapidamente: 82% das transações já são realizadas em ambientes digitais, e o Pix registrou 25 bilhões de operações em 2024, um aumento de 41% em um ano. Esse cenário destaca a relevância de uma plataforma em nuvem escalável e segura.
No cerne da computação em nuvem estão dois conceitos fundamentais. A ampliação dinâmica de recursos computacionais permite ajustar a capacidade conforme cresce o número de usuários e transações, sem investir em hardware ocioso.
A elasticidade, por sua vez, garante resposta imediata a picos de demanda, ativando e desativando recursos em tempo real. Esse mecanismo provou-se essencial em períodos de alta intensidade de operações via Pix ou promoções sazonais de serviços bancários.
Com modelos de pagamento por demanda, instituições evitam superprovisão e reduzem custos fixos. Fintechs e bancos conseguem lançar produtos em semanas, integrar soluções de IA e Open Finance e manter performance estável, mesmo sob forte pressão de uso.
O mercado brasileiro de cloud computing deve crescer 39% até 2025, alcançando US$ 23,96 bilhões. Projeções apontam para US$ 77,54 bilhões até 2032. Em 2025, destacam-se:
Além disso, 100% dos bancos maduros em IA migraram todos os serviços de Open Finance para a nuvem, consolidando essa plataforma como base de inovação e interoperabilidade.
Embora a nuvem ofereça inúmeras vantagens, a segurança segue no centro das preocupações. O setor financeiro enfrenta ameaças como ataques DDoS, phishing e vazamento de dados pessoais sob a LGPD. Cumprir requisitos regulatórios e compliance rigorosos é imperativo.
Hoje, 60% dos bancos contam com especialistas em cibersegurança em seus conselhos, e 40% integram equipes de segurança desde a concepção de novos produtos. Técnicas de compliance como código, auditorias constantes e monitoramento 24/7 são práticas recomendadas.
Infraestruturas segmentadas, redundância geográfica e políticas de FinOps garantem governança e previsibilidade de custos, ao mesmo tempo em que isolam ambientes críticos, protegendo informações sensíveis de clientes.
Ao migrar para a nuvem, bancos e fintechs colhem ganhos substanciais. A agilidade no lançamento de novos produtos possibilita respostas mais rápidas a regulações do Bacen e demandas de clientes.
O avanço do Open Finance exige integração segura de APIs financeiras com legados, mantendo rastreabilidade e conformidade. A chegada do Drex e outras moedas digitais acrescenta camadas de complexidade, exigindo infraestruturas prontas para blockchain e criptografia.
Práticas de FinOps amadurecem para equilibrar custo, desempenho e qualidade. Com dashboards em tempo real e alertas proativos, as equipes financeiras podem ajustar orçamentos e recursos conforme a demanda, evitando gastos excessivos.
Regulamentações como a Resolução CMN 4.893/2021 e o BCB nº 85/2021 definem padrões de segurança e infraestrutura. A falta de especialização pode levar à não conformidade e multas pesadas. É essencial contar com provedores experientes ou parceiros que ofereçam suporte especializado.
A cultura organizacional também precisa evoluir. A área de TI assume papel estratégico, integrando squads multidisciplinares que unem tecnologia, negócios e compliance. O equilíbrio entre adoção acelerada e proteção de dados será a grande pauta de 2025.
Os principais players como AWS, Microsoft Azure e Google Cloud lideram nossa lista, oferecendo ambientes validados para normas locais. Provedores nacionais, como Open Data Center e RTM, fornecem soluções customizadas, incluindo integridade de dados e smart hands para IA.
Nesse cenário dinâmico, a nuvem se consolida como a espinha dorsal da modernização do setor financeiro. Ao adotar práticas maduras de escalabilidade, elasticidade e segurança, as instituições estão prontas para enfrentar os desafios do futuro e oferecer serviços cada vez mais inovadores e confiáveis aos seus clientes.
Referências